Teatro

Aquarius, o Arco-íris no Concreto

  • Sex, 3 out a Dom, 5 out • 19:30h - 18:30h
  • Teatro Silvio Barbato - Sesc Setor Comercial Sul

Descrição do evento

O Arco-íris no Concreto, de Sérgio Maggio, traz ao palco a noite gay que desafiou a ditadura militar.

Ao lado da jovem drag queen Luna, Mona Mone de Liz Taylor, uma histórica artista transformista, despede-se de Brasília com seu último show. Nos bastidores, recebe a inesperada visita de Martina, filha de Júlio e Help, frequentadores da boate no passado. Martina busca entender a história de amor de pais e a importância da New Aquarius num momento em que a vida LGBTQIA+ era invisibilizada e reprimida pela ditadura militar.

Cabaré de Resistência

A primeira boate gay de Brasília, a New Aquarius, ainda acende a pista no imaginário cultural da capital do poder. Encravado no subsolo do Conic, o espaço abriu as portas no período mais austero da ditadura militar. Primeiro como um discreto bar, em 1974, para “entendidos” (assim que a população LGBTQIA+ era chamada nos anos 1970), depois como a discoteca, em 1976, que reuniu artistas, jornalistas, boêmios, intelectuais, estudantes, servidores públicos e alternativos.

É sobre este universo de liberdade em tempos de mordaças da ditadura que se ergue o espetáculo O Arco-íris no Concreto, texto e direção de Sérgio Maggio. Em cena, os intérpretes-criadores Hugo Leonardo, Maria Leo Araruna e Pedro Olivo dão vida a personagens que habitam tempos de ação entre o presente e as memórias. A montagem tem participação dos atores Jones Schneider e Wryel Lima. A Drag Queen LuShonda será a hostess da temporada, recepcionando o público no foyer dos teatros.

Em O Arco-íris no Concreto, a narrativa constrói o encontro geracional entre a transformista Mona Mone de Liz Taylor (Hugo Leonardo) e de Martina (Maria Leo Araruna). Enquanto Mona se prepara para se despedir de Brasília e das lembranças da New Aquarius, Martina chega em busca de respostas sobre a história de amor vivida pelos pais que se conheceram na boate em 1976. Entre as duas personagens, encontra-se Luna (Pedro Olivo), uma jovem drag queen que tenta se entender em meio aos tempos atuais e tantas memórias postas em cena. “A peça discute a importância da memória LGBTQIA+, a partir do embate entre diferentes gerações”, destaca Maria Leo.

A montagem põe diante dos olhos dos espectadores as fricções sobre esses tempos. Dos perigos às distrações. O palco se ilumina com músicas e danças, enquanto os intérpretes inundam a ficção de Maggio com relatos pessoais e histórias que ecoam a luta por aceitação e direitos da comunidade LGBTQIA+. “Colorir o concreto com as cores do arco-íris no cenário seco de Brasília é reivindicar nossa existência em meio a esse deserto no centro do Brasil”, observa o ator Hugo Leonardo, destaque na cena de Brasília pelo exímio trabalho de palhaço.

Na criação cênica, O Arco-íris no Concreto tem figurinos e cenário criados pelo ator e artista visual, Jones Schneider. Os figurinos remetem ao clima de cabaré, proposta cênica da dramaturgia.

Na iluminação, Lemar Resende cria as dobras de tempos entre o presente e a memória, ao mesmo tempo que faz o globo espelhado girar na batida alucinante da dança. As coreografias são da Drag Queen K-Halla.

O Arco-íris no Concreto segue a pesquisa sobre metamelodrama utilizada por Maggio desde Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José, primeiro musical brasiliense indicado ao Prêmio Bibi Ferreira. Há a apropriação dos elementos do melodrama para comentá-los, evidenciá-los, desdramatizá-los, exagerá-los, usando estratégias teatrais que quebram com a estrutura folhetinesca sem desqualificá-la. Uma estética muito usada no audiovisual por diretores como Pedro Almodóvar e Quentin Tarantino.

 

SERVIÇO

 

03/10 e 04/10, às 19h30

05/10, às 18h30

Dia 03/10 (libras e audiodescrição)

Dia 04/10 (libras)

 

Ingressos gratuitos (Sympla).

Classificação indicativa: 16 anos

 

FICHA TÉCNICA

Direção, dramaturgia, pesquisa histórica e musical: Sérgio Maggio.

Intérpretes-criadores: Hugo Leonardo, Maria Leo Araruna e Pedro Olivo.

Drag queen: LuShonda.

Figurinista, cenógrafo e ator convidado: Jones Schneider.

Costureira: izabel Cabral Oliveira.

Iluminador e operador de luz: Lemar Rezende.

Coordenadora de acessibilidade e audiodescrição: Astaruth Lira.

Intérprete de Libras: Alisson Medeiros.

Assistente de direção e ator convidado: Wryel Lima.

Operador de som: Lucas Amado.

Coreografias: Drag queen K-Halla (Bruno Coeoli) .

Visagismo: Pedro Olivo.

 

 

Como chegar?

Teatro Silvio Barbato - Sesc Setor Comercial Sul SCS Quadra 2 Bloco C Lote 104 - Asa Sul, - DF, 70317-900
https://maps.app.goo.gl/NkJxcWtR48qTExvY7

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