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Projeto Sonora Brasil traz a Brasília os sons do campo

'A música está relacionada às emoções e revela muito da história e da cultura do País. Por isso, a zona rural não fica de fora dos registros musicais. No campo, muitos sons que podem passar despercebido...'

Publicado em 06/08/2015 21h00 - 1 Atualizado em 07/08/2015 00h00

A música está relacionada às emoções e revela muito da história e da cultura do País. Por isso, a zona rural não fica de fora dos registros musicais. No campo, muitos sons que podem passar despercebidos entoam as canções de quem trabalha e vive nas fazendas brasileiras e no interior. Para retratar a importância da cultura rural, a edição 2015-2016 do projeto Sonora Brasil, realizado pelo Sesc, reuniu quatro grupos de diferentes regiões do País. O evento é o maior projeto de circulação musical e chega a Brasília no dia 17 de agosto e segue até o dia 20 do mês, no Teatro Silvio Barbato, localizado no Setor Comercial Sul (Edifício Presidente Dutra), sempre às 20h.

Para o técnico de música do Sesc-DF, Nilson Lima, o Sonora Brasil é um grande exemplo de valorização da cultura brasileira. “Em sua 18ª edição, o que vamos ver é uma verdadeira difusão de expressões musicais relacionadas com a história do Brasil. Vamos ouvir muitos sons de raiz e suas origens. Neste ano, o tema da região Centro-Oeste é Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalho, no qual contamos com artistas que representam as canções do meio rural. Já em 2016, o circuito inverte e teremos o Violas Brasileiras. A nossa expectativa é receber mais de 100 pessoas por apresentação no Teatro Silvio Barbato”, afirma.

O Sesc percorreu o Brasil para escolher e juntar o talento dos grupos que representam os cantos de trabalho. Vão se apresentar as Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e o Mestre Nelson Rosa, de Alagoas; as Cantadeiras do Sisal e os Aboiadores de Valente, da Bahia; as Quebradeiras de Coco Babaçu, do Maranhão; e o Ilumiara, de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, até o fim do ano, serão realizados 480 concertos em mais de 130 cidades brasileiras. Todas as apresentações são acústicas, valorizando os sons das obras e de seus intérpretes.

Segundo o integrante do grupo Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente, Ailton Aboiador, serão apresentadas 24 canções harmonizadas pelo batuque do pé de sisal, das cordas e do som do aboio mineiro. “A nossa inspiração vem pela paixão da profissão de vaqueiro, a qual eu nasci e me criei. Dentro das pegas de boi e das festas, acho os motivos para fazer as canções”, diz. A cantadeira do Sisal, Izabel Maria dos Santos Barbosa, também fala de suas aspirações para compor. “A nossa inspiração vem das nossas avós, da nossa mãe e da noite de reza. É da nossa cultura há muito tempo”, conta.

Programação:

17/8 – Ilumiara (MG)
18/8 – Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente (BA)
19/8 – Quebradeiras de Coco Babaçu (MA)
20/8 – Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa (AL)

Local: Teatro Silvio Barbato, localizado no Setor Comercial Sul (Edifício Presidente Dutra)
Horário: 20h
Classificação indicativa: livre
Entrada franca